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Um olhar sobre o esgotamento e o bem-estar nas organizações

As organizações enfrentam hoje níveis crescentes de stress e esgotamento com os colaboradores. Nesta fase pós-pandemia COVID-19 em que muitas empresas foram forçadas a pivotar, os colaboradores de todos os níveis enfrentaram um mundo VUCA (volátil, incerto, complexo, ambíguo) em todos os aspetos da sua vida.

Adicionalmente, a incerteza que vivemos a nível social, económico e político não vem melhorar a situação e não há como negar que vivemos tempos complexos e provocadores e a forma como trabalhamos está a mudar rapidamente.

No que diz respeito aos efeitos da pandemia na saúde mental, um estudo observacional desenvolvido pelo Instituto Ricardo Jorge em colaboração com a Faculdade de Medicina de Lisboa e a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental apresentou valores elevados na avaliação do impacto da COVID-19 na saúde mental da população em geral, destacando-se:

  • 33,7% de sofrimento psicológico
  • 27% de ansiedade moderada ou grave
  • 26,5% de stress pós-traumático
  • 26,4% de depressão moderada a grave
  • 25,2% de esgotamento.

Estes números agravam-se quando consideramos o subgrupo dos indivíduos em quarentena, isolamento ou já recuperados, apresentando 72% de sofrimento psicológico, 56% de depressão, 36% de ansiedade e 43% de stress póstraumático.

Embora os níveis de esgotamento tenham aumentado devido à pandemia, este não é um novo desafio para colaboradores e organizações. Em 2019, a Organização Mundial de Saúde identificou oficialmente o esgotamento como um “fenómeno ocupacional” resultante “do stress crónico no local de trabalho que não foi gerido com sucesso“. Desenvolver estratégias para gerir o stress é essencial para a nossa capacidade de lidar com os desafios e para a nossa capacidade de resiliência.

A boa notícia é que, de acordo com inúmeros estudos realizados em todo o mundo, desenvolver a inteligência emocional e o mindfulness pode ajudar os indivíduos a gerir o stress com sucesso, cultivar a resiliência, aumentar o envolvimento no emprego e até fortalecer a resposta do sistema imunitário.

De referir que também a OMS, no seu “Guia para a Saúde Mental no Trabalho” (em inglês) indica que “Intervenções psicossociais entregues universalmente que visam desenvolver as competências dos colaboradores na gestão do stress – como intervenções baseadas em mindfulness ou abordagens cognitivo-comportamentais – podem ser consideradas na promoção de uma saúde mental positiva, na redução do sofrimento emocional e na melhoria da eficácia do trabalho.” E dá algumas dicas como fazê-lo no “Guia Ilustrado de Gestão de Stress” (em inglês, em breve em português) que te recomendamos a ler e que podes encontrar aqui.

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